Na cultura ocidental o cristianismo ao expandir-se, tomou posse da celebração do casamento, dando-lhe a dimensão de culto e liturgia que o caracteriza e torna apelativo em tantos aspectos. A cerimónia nupcial passou a ser um símbolo religioso e transcendental, com a dignidade de sacramento.
Nos primeiros tempos do cristianismo o casamento pautou-se por um misto de formas pagãs herdadas do passado pré-cristão, até se adaptar a um significado cristão.
Surgiram novas questões como quem deve estar presente no acto de entrega da mulher ao marido, no seio da comunidade para reconhecimento social, o acto de entrelaçar as mãos e oferecer um anel para simbolizar os votos de compromisso, na presença dos convidados e testemunhas , a benção do leito nupcial, roupas especiais e outros aspectos , foram acrescentados ao longo da história.
Nesses tempos os jovens ainda em tenra idade viam os seus casamentos combinados pelos pais, sem consentimento próprio. Nalgumas comunidades a mulher era entregue em casa do marido sem sequer ser ouvida, deixando a casa paterna, iniciando a nova coabitação.
Mas festejos sempre se fizeram. O banquete nupcial com comidas e bebidas, música e dança, com todas as dimensões festivas e sagradas foi sendo incrementado, à medida dos tempos.
Remotamente era o pai que dava a benção nupcial invocando deuses, pedindo saúde e fertilidade.
A realização das núpcias era consumada com a entrega da esposa ao esposo. A questão religiosa não se colocava .
No Século IX, o Papa Nicolau I, pela primeira vez na história considerou necessário o consentimento recíproco dos jovens na maioridade como princípio essencial para o casamento. Reconhecia-se a noção de que no verdadeiro matrimónio devia existir amor e aceitação entre os que casavam.Foi um triunfo da cultura daquela época.
Em França, na Normandia no século XII os ritos nupciais passaram a ter lugar, não em casa da família mas à porta da Igreja. Tempos depois a celebração passou a fazer-se junto do altar e tambem nessa época se começou a afixar o anúncio do casamento na paróquia, dispensando-se o consentimento paternal, bastando a presença de testemunhas, para o caso de impedimentos. Fixaram-se as regras que mais tarde serviram para o casamento civil ou legal.
Entretanto nas Universidades de Bolonha e de Paris estudava-se a reordenação jurídica e litúrgica da instituição do casamento. É então que se colocam no horizonte duas realidades , o casamento religioso reconhecido por Deus e o casamento civil , reconhecido pelo Estado. Configura-se uma regulamentação como noção de contrato.
Depois destes tempos de transição e de coexistência de ritos com novas liturgias para celebrar a aceitação mútua para uma vida comum, foi o Concílio de Trento, em 1545 que tendeu a acabar com as variações locais e regionais da comunidade cristã e o papel da Igreja tendeu a assegurar a intimidade dos esposos, a fidelidade até à hora da morte. O casamento com estatuto de Sacramento, valorizou a ética social, a monogamia e impedimento do incesto.Foram passos culturais de extrema relevância civilizacional.
Depois do Concílio de Trento a Igreja estabeleceu que os casamentos fossem celebrados perante um sacerdote ,de contrário o casamento seria nulo. Foi mais uma inovação.
As pessoas eram baptizadas na Igreja , seguiam a educação cristã, praticando obrigatóriamente os ritos que fundamentaram a família e ocasamento era um deles.
Foi grande a importância do casamento na história. Esta sempre foi determinada por laços conjugais
Nos casamentos de reis, por exemplo, havia estratégias nacionais calculadas do maior alcance político.Assim se fez a história.
O ritual das bodas iniciais criou as bases do que seriam os casamentos reais e imperiais posteriores.
Os casamentos reais passaram a ser paradigmas éticos e estéticos.
Reis sagrados de origem divina, à luz dos conceitos daqueles tempos, eram o suporte histórico e político da sociedade.
Era o teatro simbólico, era a Festa.
Existe dentro de nós homens um desejo de solenidade e de união sagrada. As almas desejam encontrar-se com outras almas e esse desejo cumprido é a união do corpo e da alma e o casamento pode ser o suporte.
Juntar mãos e corações é uma invenção simbólica, espiritual, um lugar sagrado de sonho e de meditação. É um desejo legítimo, simultaneamente de segurança e felicidade. Facilita o crescimento espiritual e emocional. Toma muitas formas: novas amizades, criação de família.
O casamento, no rito e na festa, é a forma de fazer saber à sociedade que as pessoas que se amam e por isso se unem, já não são duas, mas um casal. A vida precisa de momentos festivos e jurídicos, assinaturas de papeis, testemunhas e assim tornar público os grandes momentos, chamados ritos de passagem.
O acto nupcial é a primeira e a principal festa da humanidade, nas suas três dimensões: sexo, festa e lei ,obrigando a presença da autoridade e testemunhas. A festa publicita a legalidade e a sacralidade.
A cerimónia do casamento teve a sua regulamentação e tornou-se uma Instituição para a formação da Família, sede do amor e da continuação da espécie, célula indispensável da sociedade.
A sua celebração é a festa chave.
Nos primeiros tempos do cristianismo o casamento pautou-se por um misto de formas pagãs herdadas do passado pré-cristão, até se adaptar a um significado cristão.
Surgiram novas questões como quem deve estar presente no acto de entrega da mulher ao marido, no seio da comunidade para reconhecimento social, o acto de entrelaçar as mãos e oferecer um anel para simbolizar os votos de compromisso, na presença dos convidados e testemunhas , a benção do leito nupcial, roupas especiais e outros aspectos , foram acrescentados ao longo da história.
Nesses tempos os jovens ainda em tenra idade viam os seus casamentos combinados pelos pais, sem consentimento próprio. Nalgumas comunidades a mulher era entregue em casa do marido sem sequer ser ouvida, deixando a casa paterna, iniciando a nova coabitação.
Mas festejos sempre se fizeram. O banquete nupcial com comidas e bebidas, música e dança, com todas as dimensões festivas e sagradas foi sendo incrementado, à medida dos tempos.
Remotamente era o pai que dava a benção nupcial invocando deuses, pedindo saúde e fertilidade.
A realização das núpcias era consumada com a entrega da esposa ao esposo. A questão religiosa não se colocava .
No Século IX, o Papa Nicolau I, pela primeira vez na história considerou necessário o consentimento recíproco dos jovens na maioridade como princípio essencial para o casamento. Reconhecia-se a noção de que no verdadeiro matrimónio devia existir amor e aceitação entre os que casavam.Foi um triunfo da cultura daquela época.
Em França, na Normandia no século XII os ritos nupciais passaram a ter lugar, não em casa da família mas à porta da Igreja. Tempos depois a celebração passou a fazer-se junto do altar e tambem nessa época se começou a afixar o anúncio do casamento na paróquia, dispensando-se o consentimento paternal, bastando a presença de testemunhas, para o caso de impedimentos. Fixaram-se as regras que mais tarde serviram para o casamento civil ou legal.
Entretanto nas Universidades de Bolonha e de Paris estudava-se a reordenação jurídica e litúrgica da instituição do casamento. É então que se colocam no horizonte duas realidades , o casamento religioso reconhecido por Deus e o casamento civil , reconhecido pelo Estado. Configura-se uma regulamentação como noção de contrato.
Depois destes tempos de transição e de coexistência de ritos com novas liturgias para celebrar a aceitação mútua para uma vida comum, foi o Concílio de Trento, em 1545 que tendeu a acabar com as variações locais e regionais da comunidade cristã e o papel da Igreja tendeu a assegurar a intimidade dos esposos, a fidelidade até à hora da morte. O casamento com estatuto de Sacramento, valorizou a ética social, a monogamia e impedimento do incesto.Foram passos culturais de extrema relevância civilizacional.
Depois do Concílio de Trento a Igreja estabeleceu que os casamentos fossem celebrados perante um sacerdote ,de contrário o casamento seria nulo. Foi mais uma inovação.
As pessoas eram baptizadas na Igreja , seguiam a educação cristã, praticando obrigatóriamente os ritos que fundamentaram a família e ocasamento era um deles.
Foi grande a importância do casamento na história. Esta sempre foi determinada por laços conjugais
Nos casamentos de reis, por exemplo, havia estratégias nacionais calculadas do maior alcance político.Assim se fez a história.
O ritual das bodas iniciais criou as bases do que seriam os casamentos reais e imperiais posteriores.
Os casamentos reais passaram a ser paradigmas éticos e estéticos.
Reis sagrados de origem divina, à luz dos conceitos daqueles tempos, eram o suporte histórico e político da sociedade.
Era o teatro simbólico, era a Festa.
Existe dentro de nós homens um desejo de solenidade e de união sagrada. As almas desejam encontrar-se com outras almas e esse desejo cumprido é a união do corpo e da alma e o casamento pode ser o suporte.
Juntar mãos e corações é uma invenção simbólica, espiritual, um lugar sagrado de sonho e de meditação. É um desejo legítimo, simultaneamente de segurança e felicidade. Facilita o crescimento espiritual e emocional. Toma muitas formas: novas amizades, criação de família.
O casamento, no rito e na festa, é a forma de fazer saber à sociedade que as pessoas que se amam e por isso se unem, já não são duas, mas um casal. A vida precisa de momentos festivos e jurídicos, assinaturas de papeis, testemunhas e assim tornar público os grandes momentos, chamados ritos de passagem.
O acto nupcial é a primeira e a principal festa da humanidade, nas suas três dimensões: sexo, festa e lei ,obrigando a presença da autoridade e testemunhas. A festa publicita a legalidade e a sacralidade.
A cerimónia do casamento teve a sua regulamentação e tornou-se uma Instituição para a formação da Família, sede do amor e da continuação da espécie, célula indispensável da sociedade.
A sua celebração é a festa chave.
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