sábado, 14 de fevereiro de 2009

Darwinismo Social

Muitos são os homens que legitimamente na sua vida desejam ter “status”, prestígio social e dinheiro, aliás valores que se conjugam entre si.
Observando os comportamentos das hierarquias dominantes concluímos que elas constituem os padrões de imitação desses tais homens desejosos de subir na vida.
Passo a referir então os comportamentos e a caracterização dos também designados” ricos, bonitos e felizes”, todos muito semelhantes entre si, tanto homens como mulheres.



Château Margaux, Propriedade da família Rothschild




Brasão de Armas do Duque de Marlborough



A abundância de recursos, o poder e nalguns casos antepassados ilustres marcam comportamentos e daí os seus códigos, linguagem e hábitos serem imitados como referências. Existe toda uma nomenclatura de gosto, casas, bebidas, carros, restaurantes que frequentam, roupas e jóias, onde passam férias, universidades e colégios dos filhos, as antiguidades, a arte e naturalmente as festas onde andam como convidados ou anfitriões.



Harry Winston



Dior



Esse grupo isolado que vem na revista Forbes, que circula entre Paris, Mónaco, Palmbeach, Aspen, Gstaad, onde formam alianças sociais e até fazem casamentos entre si, têm uma etiqueta que chama as atenções. As suas obrigações sociais são observáveis e avaliadas pelas festas, normalmente filantrópicas que frequentam que não deixam de ser uma forma de dominação social.



Monte Carlo



Gstaad



O “show off” assim revelado é aquilo que o homem em ascensão pretende imitar e sonha atingir.
Mas os ricos , consumidores violentos, são muito imitados de forma aparentemente fácil por outra classe para a qual o dinheiro não é problema: Os novos ricos.
E assiste-se, pela parte desses ricos estabilizados, a uma fuga aos imitadores uma desconstrução das aparências.



Bentley



Veleiro privado



Formam-se atitudes, notam-se rebeldias. Por reacção passam a considerar o consumismo desclassificado e optar por aparências de modéstia, blasé. Surgem como pessoas cultas, com causas sociais, compram bibliotecas, associam-se às famílias do chamado “Old Money” e criticam a ostentação como um vexame e uma afronta. E é vê-los com camisas gastas, camisolas rotas, jeeps velhos, casas com patine, até dedicados á natureza, ao campo e à ecologia. Não gostam das imitações, com ou sem a sua hipocrisia. O fenómeno conhecido por “darwinismo social” merece alguma reflexão e permite algumas conclusões. Como se diz no Mónaco “nem tudo o que brilha é ouro… podem ser diamantes!”



Hotel Crillon



Jacto privado






Do Livro Manual de Instruções para Homens de Sucesso
Paula Bobone
Editora Aletheia

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